Tradição, cultura e técnica. Você sabia que a tecelagem é uma das atividades mais antigas do ser humano? A tecelagem manual tem origem nos povos astecas e indígenas, há cerca de nada mais, nada menos, que 3000 anos. Algodão, lã, palha e até penas de pássaros eram os materiais usados para essas criações.
O ato de tecer e entrelaçar fios é uma tradição viva também no Brasil. Minas Gerais se destaca nesse cenário: o estado é um dos pólos têxteis que mais exporta tapeçarias feitas em tear de pedal. Além de tradição cultural, a tecelagem, hoje, é uma atividade artesanal e artística.
Tapetes, almofadas, mantas, bandeiras. São infinitas as possibilidades do que podemos produzir por meio das técnicas de tecelagem. Aqui na Ariê, a maior parte das peças vendidas é feita em tear manual, em um processo extremamente especial e cuidadoso. Esse é o método mais antigo do qual temos conhecimento.
Os teares manuais merecem destaque na indústria dos tecidos — e em nossos corações. Além da beleza, as peças mais delicadas, com tecidos finos, podem ser tecidas com mais segurança no tear manual, por conta da leveza dos solavancos. Outros pontos a favor desse método são: a possibilidade de produzir tecidos em pequena escala, de forma artesanal, ao contrário dos teares industriais; e a versatilidade para o design das peças: conseguimos combinar diferentes funções — drapeado, enrugamento, textura, e muitas mais.
Na cadeia têxtil, tudo começa com o fio se tornando tecido. Existem dois componentes básicos na tecelagem: os fios do urdume e os fios da trama. Os fios do urdume são presos verticalmente, enquanto os fios da trama se entrelaçam no urdume, horizontalmente. Este “entrelaçar” dos fios de trama e urdume resulta no que conhecemos como “tecido”.
Histórias e afetos se traduzem no entrelaçamento que, por sua vez, confere personalidade e elegância aos ambientes. Nos conectamos às nossas raízes ao mesmo tempo em que mantemos a chama desta cultura acesa dentro e fora de nós.